Casa Sustentare

O termo foi cunhado em 2004 em uma publicação do Banco Mundial em parceria com o Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU) e instituições financeiras de 9 países, chamada Who Cares Wins (Ganha quem se importa). O documento é resultado de uma provocação do então secretário-geral da ONU, Kofi Annan, a 50 CEOs de grandes instituições financeiras do mundo. A proposta era obter respostas dos bancos sobre como integrar os fatores ESG ao mercado de capitais.

ESG é uma sigla em inglês que significa Environmental, Social and Governance.

E = Environmental ↔ Ambiental

S = Social ↔ Social

G = Governance ↔ Governança corporativa

O entendimento sobre o tema e sua relevância estão cada dia mais crescentes no Brasil e no mundo, em virtude da urgência das empresas adotarem práticas que reduzam os impactos negativos de sua produção e aumentam os impactos positivos. ESG é indicação de lucratividade, reputação, competitividade, ambiente empresarial saudável e seguro, redução de custos, preservação ambiental, colaboradores e sócios mais satisfeitos.

Fonte: Pacto Global, Rede Brasil. Disponível em: https://www.pactoglobal.org.br/pg/esg

O desenvolvimento sustentável é o que satisfaz as necessidades das gerações presentes sem comprometer a capacidade de as gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades. 

 Essa definição pode ser encontrada no relatório “Nosso Futuro Comum”, de autoria da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (World Commission on Environment and Development – WCED), instituída pela ONU e liderada pela ex-primeira ministra norueguesa Gro Brundtland, para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental. 

 É imperativo que todos entendam que os recursos naturais são finitos (acabam) e que o desenvolvimento econômico é importante para países pobres como o Brasil. No entanto, é necessário haver um redirecionamento das estratégias empresariais para que o desenvolvimento econômico ocorra em equilíbrio com a preservação do meio ambiente. 

 Fonte: O que é desenvolvimento sustentável? | WWF Brasil. Disponível em: https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/questoes_ambientais/desenvolvimento_sustentavel/ 

A sustentabilidade é a capacidade de se sustentar, se manter ou suportar. Ela é originada do verbo sustentare, que significa o que pode ser perpetuado, estando implícito o fator tempo. Para que haja sustentabilidade, é preciso o desenvolvimento sustentável antes. 

Falar dos três pilares da sustentabilidade é falar do “Triple bottom line”: 

1. Social: foca nas ações que impactam as pessoas, sejam elas: colaboradores, clientes, fornecedores, sócios, acionistas, a sociedade em geral. 
2. Ambiental: diz respeito a preservação do meio ambiente e dos recursos naturais, redução de desperdícios de matérias-primas e insumos.  
3. Econômico: estabelece métricas sobre o crescimento econômico respeitando as condições de competividade e as boas práticas socioambientais, ou seja, sem prejudicar o meio ambiente e a sociedade. 

Nenhum dos lados desse tripé deve ter mais importância em relação ao outro. Os indicadores empresariais devem ir além das métricas econômicas. Devem buscar o equilíbrio e a sustentabilidade com foco na perenidade e relevância da empresa no mercado onde está inserida.

Fontes: ELKINGTON, J. In: HENRIQUES, A.; RICHARDSON, J. The triple bottom line, does it all add up? : assessing the sustainability of business and CSR. London: Earthscan, 2004; O livro “Cannibals with forks: the triple bottom line of 21st Century business” (ELKINGTON, 1997), lançado no Brasil como “Canibais com garfo e faca”. Fonte: ELKINGTON, John. Sustentabilidade, canibais com garfo e faca. Sao Paulo: MBooks Editora, 2012. (Recurso eletrônico). 

As empresas são os principais agentes econômicos no modelo capitalista atual. Quando a empresa se preocupa em ir além do resultado econômico e a atingir um resultado socioambiental positivo, desempenha um papel social transformador e contribui para a geração de capacidades presentes e futuras e para sua permanência no mercado de forma lucrativa.

Gestão estratégica correta e atitudes simples devem envolver todas as partes interessadas (sócios, acionistas, colaboradores, alta direção, fornecedores, clientes, sociedade) já que a responsabilidade em melhorar a vida de todos é de todos. 

A governança corporativa precisa ser transversal. Toda empresa precisará de boas práticas de governança para alavancar a agenda de sustentabilidade. Sendo a alta liderança a responsável pela condução do processo de construção, implementação e acompanhamento dessas práticas.

A Governança Corporativa gera a percepção de que é possível ter boas práticas e ainda conseguir bons resultados e lucros.  

Não. Pequenas e médias têm grande importância para o desenvolvimento econômico do país, são impactadas por todas as regulações brasileiras e podem estar inseridas na cadeia de valor de grandes empresas. Assim, seja por algum desses motivos, as pequenas e médias empresas poderão ser demandadas por divulgações ESG por seus grandes clientes, que, por sua vez, tiveram de apresentar informações ESG ao seu parceiro financeiro. 

Divulgações ESG poderão ser demandadas de pequenas e médias empresas ao buscar empréstimos ou crédito. Pequenas e médias empresas com gestão e divulgação ESG consistentes poderão se beneficiar de juros mais baixos para empréstimos ou crédito, para trazer alguns exemplos.

Não. Os projetos realizados pela “Casa Sustentare” são customizados de acordo com as necessidades e expectativas das empresas. Pequenas atitudes e ajustes, às vezes, já trazem benefícios de curto prazo, como: redução de custos operacionais; mapeamento de ações que as empresas já realizam, mas que não identificam como ESG e não capitalizam, são divulgadas nos canais de comunicação da empresam e trazem ganho de imagem e reputação; reuniões com todas as partes interessadas podem promover engajamento e conscientização sobre o papel crucial de cada um na agenda ESG.